sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Funny Simpsons Super Bowl Commercial 2010 (LotsOfSecrets.com)

Fantastic Four by Jonathan Hickman


Aqui fica a minha primeira sugestão para 2011. Jonathan Hickman está chamado a tornar-se a nova estrela do mundo dos comics, na esteira de nomes como Brian Bendis, Geoff Johns, Grant Morrison ou Mark Millar. a sua fase no titulo Fantastic Four está a ser unanimamente considerada pela critica como brilhante.

Este será o momento mais marcante da sua fase, com a morte de dos membros do quarteto fantástico (qual é só ele e seus editores sabem), facto que já mereceu destaque na imprensa de todo mundo, Portugal incluído.

Devo confessar que ainda não li nada desta fase, algo que pretendo corrigir brevemente, mas tenho acompanhado o trabalho de Hickman noutro titulo seu da marvel, Secret Warriors, e posso dizer que é simplesmente fabuloso.

Leiam, não se arrependerão.

Bom 2011


A todos os leitores deste blogue o Espectador Atento deseja uma excelente passagem de ano. Em 2011 prometemos voltar com energias renovadas.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Presidenciais: 8º mini-debate


Deste mini- debate não há muito a dizer. foi morno, muito morno.

Defensor Moura ainda procurou acusar Nobre de utilizar a sua luta de toda a vida contra a pobreza para fins eleitorais, numa jogada de baixo nível que foi bem rebatida.

Fernando Nobre esteve bem quando referiu que o facto de ser um homem livre em pensamento e atitudes não lhe dava permissão para lançar suspeitas sobre outros, num directo a Defensor que o terá deixado KO.

Debate morno, péssima moderação (mais uma) de Judite de Sousa, e tudo á espera do debate final entre Cavaco e Alegre.

Tenho Dito

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Um Super-Natal











FELIZ NATAL







A todos os que me deram a honra de por aqui passar o Espectador Atento deseja um óptimo Natal.

Presidenciais: 7º mini-debate


Ao 7º debate tivemos os momentos mais quentes deste debates em versão expresso. Frente a frente o actual Presidente da Republica, Cavaco Silva, e Defensor Moura. Ou seja, um candidato com tudo a perder e nada a ganhar e outro a viver os seus 15 min. de fama.

E Defensor entrou ou ataque, procurando destabilizar Cavaco, mas -lo atraves da calunia e da insinuação. Acusou Cavaco de lucrar com o descalabro da SLN, de favorecer câmaras sociais-democratas sobre a socialistas, de promover amigos (sobretudo a sua antiga mandatária da juventude), de ter começado as parcerias publico-privadas em Portugal. Enfim, um trabalho sujo lamentável. Começa-se a perceber como Defensor aparece neste filme.

Cavaco foi obrigado a mais "trabalho" do que esperaria. E acusou o toque, recorrendo muitas vezes a um auto-elogio que não o favorece. Mas defendeu-se bem, demonstrando a ignorância de Defensor (não distingue uma conseção de uma parceria), indo inclusive buscar uma opinião de Jaques Dellors ("socialista respeitado, ao contrário de outros..."), e reforçando a sua mensagem de que os Portugueses podem contar com ele e que não se envolverá em jogos partidários.

Resumindo, Defensor resolveu atiçar a fera, tocando na reputação e credibilidade daquele que os Portugueses vêm como o maior exemplo de honestidade e seriedade na politica. Saiu-se mal, obrigou Cavaco a empenhar-se e perdeu claramente o debate.

A Cavaco terá feito bem este debate mais duro, ficará mais alerta para o que falta de campanha, e assim continuará esta caminhada que deverá á maior vitoria eleitoral da nossa história politica moderna.

Tenho Dito

Presidenciais: 6º mini-debate


Não pude ver em directo os debates entre Manuel Alegre- Francisco Lopes (estava em Aveiro a apoiar o Vitoria numa derrota marcante) e entre Francisco Lopes e Cavaco Silva. Desses debates apenas sei o que me chegou nos telejornais e imprensa diária. Não vou por isso comentar.

Quanto a este mini-debate, pondo frente a frente Fernando Nobre e Manuel Alegre, era um dos mais esperados desta campanha, entre os dois candidatos ao 2º lugar. Não foi um bom debate, as creio que a haver um vencedor este foi Fernando Nobre.

Manuel Alegre voltou a não estar bem, não consegue descolar nesta campanha, encontrar o seu registo. Voltou a focar o ponto de ter votado contra todas as revisões constitucionais, facto que apenas serve para o caracterizar como um dinossauro esquerdista, e atacou Nobre num dos poucos pontos em que ele não é atacável, na defesa de uma saúde publica para todos. È notório que a campanha bipolar entre PS e BE está a causar mossa em Alegre.

Nobre esteve melhorzinho. Ao ataque, como não podia deixar de ser, apelou contra o acomodar da sociedade e contra os políticos acomodados, indirecta claramente direccionada a Alegre. Mas mantém um certo discurso anti-partidos, anti-sistema, anti-deputados, que alem de ser populista, não creio que o favoreça especialmente.

Enfim, um debate medíocre entre dois candidatos sem programa e que se preparam para levar com uma derrota esmagadora.

Tenho Dito

sábado, 18 de dezembro de 2010

Presidenciais: 3º mini-debate


E chegou a vez de Cavaco Silva entrar em acção. Do outro lado estava Fernando Nobre. Foi um debate muito civilizado, marcado pelo respeito mutuo, que se sentiu ser genuíno. Foi também um debate marcado pela questão orçamental, e não houve tempo para muito mais.

Cavaco fez uma defesa clara da sua concepção do que deve ser o desempenho de funções de um Presidente da Republica. Alguém que deve gerir os seus timings com enorme precisão, um gerador de consensos, um facilitador de soluções, um dinamizador dos Portugueses. E disso não se desvia um milímetro. Deixou ainda claro a importância da existência do orçamento, embora tenha feito questão de dizer que ainda não o analisou ou promulgou.

Nobre deixou-se levar para um tipo de discussão que não o favorece. Cavaco conhece melhor a situação económica, e sabe melhor que ninguém até onde vão os poderes do Presidente. Deixou claro que defende a existência de um orçamento, mas não este, tentou tocar na tecla de que Cavaco falhou o timing das intervenções e não foi incisivo no desempenho do cargo, mas nunca dando grandes exemplos disso. De resto focou, uma vez mais, a sua história de intervenção em cenários de guerra ou de catástrofes. Mas pecou pela sua falta de experiência nestes debates, ainda para mais tendo pela frente um gigante como Cavaco.

Um bom mini-debate (mais um), que só peca pela sua duração.

Tenho Dito

Presidenciais: 2º mini-debate


Vou ser breve na análise a este mini-debate porque também não tem muito que contar.

Um debate um pouco atípico, entre camaradas socialistas, devo confessar que estava a espera de alguma discordancia, afinal para haver 2 candidatos do mesmo partido é porque deveria existir alguma diferença. Mas não, ela não existiu. Sempre muito concordantes, até se chegou ao ponto de ver Defensor Moura desejar boa sorte a Alegre!

Manuel Alegre mostrou algo do que vai ser o seu discurso, embora creio que tenha deixado algo para debates mais decisivos. Focando sempre a crise social, a defesa do principio da justa causa nos despedimentos, Alegre não acrescentou nada de novo ao seu discurso. Não foi claro quanto á maneira como gere a convivência PS-BE na sua candidatura e nos incómodos que isso, notoriamente, vão causando ao seu discurso. E registei uma afirmação sua, a de que votou "contra todas as revisões contitucionais". Ou seja, segundo Alegre a marcadamente programática e antiquada constituição de 1975 é que era boa!

Defensor Moura procura marcar o seu espaço lançando para o debate assuntos alternativos aos que dominam a actualidade. A luta á corrupção, ao clientelismo (vindo de um ex-autarca é sempre positivo registar essas preocupações), e a defesa da Regionalização. São áreas interessantes, Defensor está a cumprir o seu papel, numa candidatura que é um exercício de cidadania sempre louvável.

Uma ultima nota para a "moderadora" Judite de Sousa. Tem um estilo absolutamente irritante, procura ser o centro das atenções interrompendo constantemente os candidatos. Já é hora de a senhora perceber que quem assiste aos debates -lo para ouvir os candidatos. Ninguém ligou a RTP para a ouvir a ela.

Tenho Dito

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

TIME MAGAZINE PERSON OF THE YEAR


A revista TIME já elegeu a sua personalidade do ano. E a escolha recaiu em... Mark Zuckerberg, o criador do Facebook!

È uma escolha perfeitamente aceitável. Este é o homem que revolucionou a forma como os seres humanos convivem, que nos permitiu reencontrar amigos que á muito não viamos, manter contacto com aqueles amigos que residem longe de nós, que nos permite manter um contacto relativamente directo com figuras que admiramos. Este é o homem cuja obra nos permite partilhar os nossos gostos musicais, cinematográficos, de leitura, de comics, as nossas opiniões politicas, gostos desportivos e muito mais com dezenas de amigos e centenas de estranhos. Este é o homem cuja obra nos permite jogar farmville, caféworld e outros jogos viciantes! É , repito, uma escolha perfeitamente aceitável.

Mas a polémica rebentou quando se soube que não foi a escolha mais votada pelo publico. Essa foi Julian Assange, o sabor do mês, o "poster-boy" do anti-americanismo e da esquerda inuti... radical, que se mobilizou em peso para esta votação. A mesma que já permitiu que num dos anos anteriores o mais votado fosse... Bin Laden!!?

Numa escolha como esta a opinião do publico deve ser tida em conta, mas não pode ser o unico factor decisivo. Deve existir um critério jornalistico, a opinião de profissionais e conhecedores da actualidade e, sobretudo, bom senso. E foi o que existiu. Porque não devemos esquecer que por muito popular que pareça o que o senhor Assange e companhia estão a fazer neste momento, estes são os senhores que puseram on-line uma lista de alvos para terroristas, colocando em risco milhares de vidas inocentes e países que nada fizeram para o merecer.

Parabens á TIME por mais uma vez ser um exemplo de credibilidade, bom senso e ética jornalistica.

Mark Zuckerberg, senhoras e senhores, TIME MAGAZINE MAN OF THE YEAR!

Tenho Dito

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Presidenciais: 1º mini-debate


Realizou-se ontem o primeiro mini-debate de 30 min (originalidade portuguesa) das eleições presidenciais. Frente a frente estavam Fernando Nobre e Francico Lopes (o "camarada Xico Lopes").

Confesso que estava á espera de algo bem insosso, mas devo dizer que nesse aspecto fiquei bem surpreendido. Não porque tenha sido um debate rico em ideias, não o foi, muito pelo contrário, mas sim porque foi um debate rasgadinho, em certos ponto chegou mesmo a ser duro.

Fernando Nobre surpreendeu-me pela postura. Mostrou-se bem preparado, muito oportuno nos apartes, e incisivo na defesa do seu percurso enquanto cidadão. Em termos de ideias mostrou pouco, muito pouco. E os seus ataques ao sistema politico não me parecem que lhe possam trazer um grande retorno em termos de votos. A ver vamos.

O camarada Xico Lopes levava a cassete bem ensaiada. "Defesa dos trabalhadores", "politica de esquerda", "Nobre e os outros são coniventes com orçamento", etc, etc... A a cantilena comunista do costume. Mas nem tudo foi mau, conseguiu imprimir um ritmo vivo ao debate, e um discurso fluido. Pena é que pareça sempre zangado com o mundo. E dispensava-se a birra final por causa de... um minuto a menos que Nobre.

Esperemos que os próximos mini-debates sejam bem mais ricos no campo das ideias, mas se tiverem o ritmo e vivacidade deste já não é mau.

Tenho Dito

domingo, 5 de dezembro de 2010

Presidenciais 2011


Começam na próxima semana os debates entre os candidatos á próximas eleições presidenciais. São umas eleições que se aproximam perante a (quase) total indiferença da maioria dos portugueses. Muitos são os assuntos que ocupam as preocupações dos portugueses, e esta eleição é vista um pouco como algo inconsequente. Os motivos para isso são vários, desde a redução dos poderes do Presidente da Republica, ao facto de se tratar de uma possível reeleição do actual Presidente (todos sabemos como isso costuma correr) , até á qualidade dos intervenientes. De facto, não me recordo eleição tão desinteressante como esta, talvez só comparável á reeleição de Mário Soares, quando este defrontou Basílio Horta. E isso, perante a gravidade da situação que vivemos e o papel decisivo que o Presidente poderá vir a ter, é muito preocupante.

Cavaco Silva recandidata-se e, deixemos-nos de rodeios, vai ser reeleito com ampla maioria. Cavaco não fez grande mandato, pelo contrário, foi apenas um mandato razoável. Demasiado permissível com um Governo muitíssimo incompetente, levando a cooperação estratégica alem do aceitável, com uma visão minimalista dos poderes presidenciais, Cavaco não sendo o maior responsável pelo desnorte a que chegamos é no entanto um dos responsáveis. Mas é também, neste momento, o maior referente de estabilidade e credibilidade que o nosso país possui, é claramente o mais preparado dos candidatos (a larguissima distância), o que maior confiança dá aos mercados e parceiros internacionais. E todos esperamos que a sua atitude durante o próximo mandato seja claramente de maior intervenção e exigência.

Manuel Alegre é um grande poeta. Não chega para se ser Presidente da Republica. Manuel Alegre é... não lhe consigo assim de repente encontrar muitas qualidades politicas. Quando alguém foi Deputado durante três décadas e não se lhe conhece qualquer projecto de lei da sua autoria creio estar tudo dito. Tem quase tanto de vaidade quanto de idéias ultrapassadas. E perdeu aquela que foi a sua maior arma á 5 anos, o ser um candidato independente e contra-sistema. Hoje é o candidato do sistema (PS) e do populismo barato (BE). Á 5 anos teve um milhão de votos, desta vez nem incomodará Cavaco.

Fernando Nobre é um grande cidadão. A AMI é uma obra notável. Já o candidato Fernando Nobre tem sido uma desilusão para quem via com algum entusiasmo o aparecer de uma candidatura genuinamente independente. Sem ideias e recheado de lugares comuns, Fernando Nobre arrancou em falso. Vamos ver como se sai nos debates, onde terá de apostar tudo para apanhar Alegre.

Francisco Lopes, o "camarada Xico Lopes" (como o tratam os companheiros de partido) é o tradicional candidato do PCP. Figura influente na estrutura do PC, dominando a estrutura e os sindicatos, é apontado como futuro secretário-geral. È no entanto um perfeito desconhecido dos Portugueses. E pior que isso, tem um ar antipático, de quem anda sempre zangado com o mundo. Creio que foi um erro de casting claro por parte do PC. E ficará muito aquém do resultado de candidatos comunistas como Carlos Carvalhas ou Jerónimo de Sousa. Quanto muito estará ao nível de António Abreu. Quem? Exactamente!

Defensor Moura teve a coragem de avançar com uma candidatura e isso é sempre elogiável. Terá a oportunidade de defender os seus ideais, nos quais se destaca a Regionalização, e procurará chegar aos 5% para ter direito a apoio do Estado. Mas deste ex-dinossauro autárquico pouco mais se pode esperar. Tem aqui os seus 15 min. de fama a nível nacional e a oportunidade de um debate televisivo com Cavaco Silva, algo inimaginável á 5 anos quando era um medíocre presidente da Câmara de Viana do Castelo.

Finalmente uma palavra para os Debates. A esta distância não creio que sejam decisivos. Louvo a sua realização, que sejam debates a 2 e que nenhum candidato tenha sido excluído ou se tenha furtado a debater com quer que seja. Mas debates de 30 minutos é gozar com os eleitores! Eu, pelo menos sinto-me desrespeitado. Mas é o que temos.

Tenho Dito

THOR movie poster


FIFA WORLD PLAYER 2010


A FIFA e a revista France Footbal entregam este ano pela primeira o prémio de melhor jogador do ano em conjunto. E os nomeados têm a curiosidade de serem os três do mesmo clube, o Futebol Clube Barcelona. São eles Iniesta, Xavi e Messi. Só tinha sucedido 2 vezes, ambas com o Milan, em 88 (Van Basten, Gullit, Rijkard) e 89 (Van Basten, Baresi, Rijkard).

Esta nomeação é o reconhecer do bom trabalho daquela que é mais marcante equipa da segunda metade desta década. Marcante não apenas pelos resultados espectaculares que tem conseguido, mas sobretudo pela revolução que está a produzir no futebol mundial. A maneira como este Barcelona joga é uma forma de arte, é um futebol belo esteticamente, tacticamente perfeito, de toques curtos, constante movimentação dos jogadores com e sem bola, e pressão asfixiante quando não se tem essa mesma bola. Há quem diga que se jogo tivesse duas bolas ambas seriam do Barça. È um sistema de jogo cuja exportação já permitiu á seleção Espanhola ser campeã europeia e mundial. É o futuro do futebol.

Mas é também um prémio á filosofia de um clube que aposta no domínio do futebol mundial e em ter os melhores jogadores, mas formando-os, apostando na prata da casa, na cantera de La Masia, com critério, coragem e confiança. Os resultados provam o quão acertada é essa aposta.

Iniesta é apontado como o favorito. Autor do golo que deu o titulo mundial á Espanha, Iniesta é um dos maiores expoentes de um futebol esteticamente perfeito. Capaz de criar fintas nos espaços mais curtos, tacticamente perfeito, com golo e assistências, é um jogador completo. Mas é também um rapaz humilde, elogiado por todos, ausente das capas de revistas de sociedade, sem tatuagens ou penteados estranhos, é um bom exemplo para muitos miúdos que o admiram.

Xavi é , a meu ver, o que mais merecia ganhar. È a peça que torna as engrenagens da Espanha e do Barça perfeitas. É o jogador que faz a equipe mexer, que não falha passes, mete golos, mas que sobretudo torna os colegas melhores jogadores. È aquele elemento que quando está ausente notamos logo que as coisas não funcionam da mesma maneira. Já merecia ter ganho uma bola de ouro, talvez a ganhe desta vez.

Messi é extra-terrestre. Já foi nomeado 4 vezes, ganhou uma, ganhará mais de certeza. Faz coisas que mais ninguém faz, é o mais genial jogador desde Maradona. Não ganhará porque desta vez os seus dois colegas merecem mais.

Uma nota final para o grande injustiçado desta nomeação, Wesley Sneijder. Ganhou tudo com o Inter (liga, taça, supertaça, champions) e levou, para surpresa geral, a Holanda ao 2º lugar do mundial. Merecia estar nos 3 primeiros.

Aqui estão 3 jogadores da formação do Barça . È de facto MES Q`ÚN CLUB .

Tenho Dito

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sá Carneiro


Fez este Sábado, dia 4 de Dezembro, 30 anos que faleceram em Camarate (entre outras vitimas) Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa. Não era ainda, á altura , nascido mas sempre que vejo um dos muitos programas noticiosos ou documentários sobre esse dia não consigo deixar de sentir um nó no estômago. Foi um dia marcante na história moderna de Portugal, do qual o País nunca recuperou totalmente.

Como qualquer militante do PSD cresci (politicamente) a admirar a figura de Sá Carneiro. Não ignoro que a sua imagem terá sido algo mistificada nestes anos que passaram, mas o certo é que a sua obra, os seus actos, os seus discursos, falam por si só e deixam-nos a imagem de um homem de coragem, um líder, um estadista, um politico sem medo de assumir rupturas e afrontar o que devia ser afrontado. Quantos hoje podemos encontrar com todos estes predicados? Poucos, muito poucos. Infelizmente para Portugal.

Criou aquele que é o mais Português dos partidos, o PSD. Um partido muito português nos seus conflitos internos, nas suas guerras fratricidas (já os romanos diziam que aqui vivia um povo que não se governa nem se deixa governar), mas também o partido que deu a Portugal os seus maiores e melhores anos de desenvolvimento. O partido que sempre soube resolver as crises do país, o partido que sempre que está no poder procurou honrar a mensagem do seu fundador de que "acima do partido está o País".

Sá Carneiro foi um dos 4 lideres marcante do período pós-revolução, junto com Mário Soares, Álvaro Cunhal, Freitas do Amaral. Estes 4 homens lançaram as bases do que é hoje a politica em Portugal. Todos tinham as suas ideologias e projectos. Como é óbvio é com a de Sá Carneiro que mais me identifico. Pena que tenha sido o que menos tempo teve para deixar a sua marca. Ficou a sua lenda.

Hoje ninguém tem duvida que Portugal seria um país melhor se Sá Carneiro tivesse sobrevivido. Ao PSD resta honrar a sua memória e ter em conta os seus ensinamentos. Não devemos procurar um "novo Sá Carneiro", atá porque cada época deve ter os seus lideres, mas esperemos que nos capítulos dos valores e da coragem os que temos e teremos no futuro saibam estar á altura do seu legado.

Tenho Dito

Wikileaks- irresponsabilidade ao máximo!


As revelações que o site Wikileaks veio trazer a publico relançaram o debate de até onde pode a liberdade de imprensa e de expressão ir. São milhares de documentos diplomáticos classificados dos Estados Unidos que estão a ser tornados públicos, e as consequências podem ser bastante gravosas.

Sou totalmente a favor da liberdade de imprensa, mas esta deve ser responsável e nunca por em causa o futuro e vida das pessoas. E não é certo que neste caso a vontade de informar se sobreponha ao desejo de protagonismo, de alguns obterem os seus 15 min. de fama.

Uma coisa é revelar documentos sobre as contra partidas oferecidas pelos EUA aos países que recebessem presos de Guantanamo. Aí já muito foi dito e escrito, e tudo que seja acrescentado pouca mais comoção causará. E neste caso creio que as opiniões públicas devem estar a par do que se passa. Mas existem outros casos em que tenho sérias duvidas que esse seja o caso.

O primeiro tem a ver com uma alegada questão do Departamento de Estado Americano aos seus diplomatas na Argentina sobre o estado mental da Presidente Cristina Kirchner. É perfeitamente normal que essa questão surja, até porque o historial na região não é famoso, basta lembrar Hugo Chavez ou Evo Morales. Mas essa questão deve permanecer interna e não é admissível que por uma fuga de informação se ponham em causa relações entre estes dois países.

A outra questão, muitíssimo mais grave, tem a ver com o problema das duas Coreias. Problema bicudo, numa região extremamente instável e com uma população que tem décadas de sofrimento. Parece que finalmente havia abertura da China (potência decisiva para o problema devido ao seu apoio á Coreia do Norte) para aceitar uma unificação das duas Coreias, sobre égide da Coreia do Sul e com supervisão Americana. Ao tornar isto público o Wikileaks veio por em causa um desenvolvimento histórico para a região, colocar em causa a paz e segurança das populações, e mais grave (sabendo o quão instável é o regime norte-coreano), por em causa a paz mundial. É intolerável, inaceitável.

Ficamos á espera das reacções do governo Americano. Há que punir os responsáveis por tão cobardes fugas de informação. E deve ser encontrada forma de impedir que isto se repita, mas sem por em causa liberdades e garantias, tais como a liberdade de imprensa. É complicado, eu sei. Mas estes senhores deste site mereciam um sério castigo.

Tenho Dito