quinta-feira, 30 de junho de 2011

The DC Comics New 52 Presentation


Mais á frente deixarei aqui as minhas ideias sobre esta gigantesca iniciativa!
Para já estou bastante entusiasmado!
Tenho Dito!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Novo Governo -notas rápidas




Algumas notas que me parece interessante referir:




.Muito bem Passos Coelho pela rapidez e descrição com que formou o governo. Praticamente nenhum especialista adivinhou a composição deste governo, especialmente nas suas pastas mais decisivas. Um bom começo.




.Um governo jovem e com uma capacidade técnica reconhecida. Alguns apontam alguma falta de peso politico mas, como li hoje, devemos ser o único país em que culpando os políticos pela crise nos queixamos depois, quando são escolhidos técnicos, da sua falta de "peso politico".




.4 independentes, 4 militantes do PSD, 3 militantes do CDS. Parece-me equilibrado.




.ao contrário da maioria dos independentes que o PSD incluiu nas suas listas, os escolhidos para o governo parecem ser escolhas acertadas e que trarão mais-valias. Junte-se a isso o facto de serem nomes relativamente desconhecidos do publico em geral, o que lhes trará uma maior "almofada" de tempo para porem em prática as medidas necessárias.


.As escolhas do CDS, Portas nos negócios Estrangeiros, Mota Soares na Segurança social e Assunção Cristas na Agricultura, Mar, Ambiente e Ord. do Território, são para áreas nas quais este partido se destacou. Assunção Cristas, tendo um super-ministério, tem uma missão difícil e arriscada.


.Os ministros "PSD" são escolhas pelo seguro, do circulo próximo de Passos. Surpreende Miguel Macedo na Administração Interna, ministério complicado, e Aguiar Branco na defesa. Mas Ambos podem fazer um bom trabalho.



. Vítor Gaspar (Estado e Finanças) e Álvaro Santos Pereira (Economia e emprego) têm obra escrita sobre as áreas que vão tutelar. Nuno Crato também. Mota Soares tem um trabalho reconhecido na área da Segurança Social. Paula Teixeira da Cruz tem uma carreira reconhecida na área da justiça. Tais êxperiencias , académicas e profissionais, só podem ser mais valias para o Governo. E é mais importante ter-se um pensamento estruturado sobre a área que se vai tutelar, do que ter peso politico ou ser bem falante. Disso já havia que chegasse nos anteriores governos.




. È de facto um governo pequeno, 11 ministros apenas. Mas é um governo com ministérios gigantescos, como a Economia (engloba economia, emprego, obras publicas, energia, transportes) ou o da Agricultura (agricultura, mar, ambiente, ordenamento do território). E não esquecer que o Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, tem sobre a sua tutela as Autarquias, o Desporto, a Juventude. Tal facto torna mais importante do que nunca a escolha da equipe de secretários-de-estado. Deve ser seguido o mesmo caminho de equilíbrio entre independentes e membros dos partidos. Estes secretários- de-estado terão um estatuto prácticamente equivalente ao de Ministros, pelo que a qualidade deve ser a mesma que reconhecemos aos Ministros.




.Curioso verificar que apesar de alguns profissionais do mal dizer terem tentado vender a ideia de um governo que "desiludiu" ou de "segundas escolhas", ainda não vi nenhum dos representantes das principais áreas de actividade criticarem os ministros escolhidos para tutelarem o seu sector. É um bom principio.




.Única nota de desagrado; enquanto militante do PSD gostaria de ter visto o Secretário-geral ficar de fora do governo para se poder concentrar em dirigir o Partido nas difíceis batalhas que se avizinham. Passos é a face visível do governo, seria importante que o PSD tivesse também uma face visível, que não se misturasse com as do governo e pudesse, na arena da luta partidária, confrontar-se com os lideres dos partidos a sua esquerda, sobretudo o que sair das directas do PS. Miguel Relvas encaixava bem nessa função, creio até que era esse o seu desejo, Passos não pensou assim. Creio que os estatutos obrigam a que agora se escolha novo secretário-geral, um que não esteja no Governo. Ficam votos de que seja uma figura com peso e credibilidade para ser a "cara" do partido.




Tenho Dito

sábado, 11 de junho de 2011

X-MEN FIRST CLASS - análise




Dos quatro grandes filmes baseados em cómics, que saem este ano, X-men First Class era aquele em que eu tinha menos fé, o gerava menos expectativas. Estava enganado, bem enganado!




X-Men first class vai ao inicio da historia, como se conheceram Charles Xavier e Erik Leshner (Magneto), como ficaram amigos, abraçaram uma causa comum e como seguiram caminhos diferentes, com duas visões opostas para um mesmo problema.




A escolha de situar o filme no inicio dos anos 60, mais precisamente num momento decisivo da guerra fria, a crise dos misseis de cuba, é uma escolha inspirada e que traz ao filme um certo charme. Outra escolha inspirada é a de fugir ao excesso de acção e efeitos especiais pelo qual pecam muitas vezes estes filmes. Não digo que não existam cenas de acção , existem e muito boas, mas sempre obedecendo a um rumo definido pela história. È um filme inteligente, um bom inicio para uma saga que já conta com 3 filmes e outra prequela (X-Men origens: Wolverine).




O filme desenrola-se sobretudo em volta de Charles e Erik. Charles Xavier é muito bem interpretado por James McAvoy, que nos dá uma versão surpreendente do personagem, muito inteligente mas também boémio e sedutor. Durante o filme vamos vendo a evolução do personagem para o Prof. Xavier que conhecemos, mas o Xavier divertido e sedutor de McAvoy é muito bom.




Michael Fassbender é uma descoberta. O seu Erik, um sobrevivente do holocausto tornado caçador de nazis tem uma certa aura de Bond (já existem rumores de que é o favorito para suceder a Daniel Craig no papel). Uma interpretação segura. Ao mesmo tempo que nos vamos apercebendo de uma evolução em Xavier, tambem nos apercebemos do crescimento de uma certa aura negra em Erik que culminarão em Magneto.




Outras personagens tambem merecem destaque. A figura que mais se destaca a seguir ás duas principais é a de Raven (Mistique). Descobrimos a sua ligação (surpreendente) a Charles Xavier e o caminho que faz até se tornar a principal apoiante de Magneto. Jennifer Lawrence é uma jovem actriz que dá mostras de enorme talento num papel muito bem conseguido. Também algum destaque para os vilões da história Sebastian Shaw (Kevin Bacon) e Emma Frost (January Jones). Bacon regressa no seu melhor, com uma interpretação muito segura. Jones desempenha uma das mais importantes personagens da actualidade mutante, e fá-lo sem perder a ambiguidade moral que é marca de Emma. Dos restantes mutantes, destaque para o aparecimento de Beast (nicolas Hoult), Banshee (Caleb Landry Jones), Havoc (Lucas Till), Angel Salvadore (Zoë Kravitz) , Azazel (Jason Flemyng) ou até a humana Moira McTagert (Rose Byrne) agente da CIA que faz a ligação com Charles Xavier e Erik.




Não faltam momentos interessantes neste filme, incluindo um muito divertido cameo de um certo mutante canadiense. X-men First Class será, muito provavelmente, o melhor filme da saga desde X-Men II.




Recomendo vivamente a fãs e não fãs.




Tenho Dito.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

terça-feira, 7 de junho de 2011

Mudança



Os portugueses decidiram e fizeram-no de forma absolutamente clara. Escolheram um caminho diferente, um corte com anos de politicas desastradas, jogadas pouco claras, muito marketing e show-off, mas de resultados absolutamente negativos. Os portugueses decidiram-se pelo voto no PSD e pelo fim de 6 anos de governo PS de José Sócrates.



Foi uma vitória que não deixa duvidas, 38,63% para o PSD contra 28,05% do PS, 105 eleitos PSD contra 73 do PS, 16 círculos eleitorais ganhos pelo PSD contra 3 ganhos pelos PS. Não há como por em causa a clareza desta vitória.



Em vitória tão clara é sempre difícil encontrar destaques, mas eles existem. Em Viana do Castelo a candidatura do PSD liderada pelo independente Carlos Abreu Amorim e pelo presidente da distrital Eduardo Teixeira conseguiu eleger 4 dos 6 deputados que o distrito dispõe (contra 1 de PS e 1 de CDS), um resultado fantástico. Como também fantástico foi o resultado na Guarda, onde de 4 lugares disponíveis o PSD liderado por Manuel Meirinho conseguiu 3. Em Vila Real (distrito em que concorria Passos Coelho) e em Bragança (com Francisco José Viegas) o PSD conseguiu mais de 50% de votação (51,41% e 51,99% respectivamente) o que confirma a região como uma "nação laranja". Nota também para vitórias absolutamente claras como a dos Açores onde a politica de "Chico-esperto" de Carlos César foi claramente derrotada nas urnas (47,36% contra 25,67%). Em Leiria de 10 deputados o PSD conseguiu 6, contra 3 do PS e um do CDS (47% contra 20%), no Algarve venceu em todos os concelhos, no Porto elegeu mais 5 deputados em relação a 2009, em Braga mais 3, e teve até a coroa de gloria de ver o Açoriano(?) Costa Neves vencer Sócrates no circulo eleitoral deste, Castelo Branco. Mesmo onde o PSD perdeu não se pode dizer que os resultados tenham sido maus. Em Beja elege pela primeira desde 1995 um deputado, Carlos Moedas, que fez uma grande campanha tendo a coragem de lutar na sua terra quando teria sido mais fácil cair de para-quedas num outro circulo. Em É quase se conseguiu uma vitória histórica (PS-29,07%, PSD-27,47%) e em Setúbal foi conseguido um segundo lugar á frente do PCP e com o mesmo nº de deputados do PS (5). Uma noite para recordar, mas sem embandeirar em arco.



Quanto ao resto, destaque para um resultado muito bom do CDS, que garante uma sólida maioria de direita no parlamento e, esperemos nós, um governo de coligação sólido. É certo que as sondagens faziam o CDS sonhar com um resultado ainda melhor, mas 11,74% e 24 deputados eleitos confirmam um CDS reforçado, que mais que uma muleta da governação será um interveniente sólido. Paulo Portas deve estar feliz.



Á esquerda apenas a CDU se aguentou, mantendo os seus eleitos de 2009 e ainda conquistando um em Faro, circulo eleitoral que cresceu nestas eleições. Confirma-se a fidelidade do eleitorado comunista e o factor de popularidade do seu líder, Jerónimo de Sousa.



Uma das noticias da noite foi a queda do Bloco de Esquerda. Sem nunca conseguirem afirmarem-se como alternativa de nada, encurralados no estatuto de partido de protesto, o bloco viu fugir muitos desiludidos para quem o mito bloquista chegou ao fim. O Bloco perdeu deputados em círculos vitais como Lisboa, Porto ou Setúbal, mas os grandes golpes da noite foram a perca do seu deputado em Braga e sobretudo a do seu líder parlamentar (José Manuel Pureza) em Coimbra. Surpreendente também o facto de Francisco Louçã não se ter demitido, mas sobre comportamentos correctos na politica o Bloco apenas sabe exigir aos outros, tê-los é que é mais complicado.



Nenhum partido pequeno elegeu deputados, o que é mau para a democracia. Mas como a certa altura quem teve para eleger um deputado foi o Partido dos Animais (PAN), esse é um mal com que podemos bem.



Uma ultima nota para a abstenção. Foi muito elevada, para umas eleições desta importância, tendo duas explicações, os eleitores fantasmas e o bom tempo que se sentiu. A primeira é compreensivel e deve ser corrigida rapidamente. A segunda é patética e concordo com o Presidente da Republica, quem prefere mais 10 min. de praia ou shopping ao exercício de um dever civíco vital não tem depois qualquer legitimidade para vir reclamar do que quer que seja.



O mais difícil começa agora, com a formação de novo governo e o cumprimento do programa acordado com as instâncias internacionais. Não tenho duvidas de que Passos Coelho está á altura do desafio. Assim como Paulo Portas, todo PSD e todo CDS. Mas exige-se preseverança, compreensão e sobretudo sentido de Estado.



Tenho Dito

sexta-feira, 3 de junho de 2011

mais uma campanha eleitoral que chega ao fim!























Chegamos ao fim da campanha eleitoral, mais uma, mas talvez a mais importante das ultimas décadas. E ao contrário do que os profissionais da má-lingua debaixo da mascara de comentadores dizem, foi uma campanha onde até se lançaram ideias, ficaram claras diferenças entre projectos e o nivel do debate, embora ás vezes durinho (nada de mal nisso), foi interessante.



Comecemos pelo mais que provavel vencedor das eleições, o PSD. Foi uma campanha de altos e baixos, que começou com demasiada gente a falar e demasiadas ideias soltas lançadas para o ar. Felizmente foi arrepiado caminho a tempo e a campanha entrou numa dinãmica de vitória que não sendo imparável, foi pelo menos segura. Passos Coelho foi um lider que procurou discutir ideias, apresentar soluções. E se nem todas terão sido certeiras, ao menos fica aí a marca de um lider. Um lider discute as suas ideias e propostas. Claro que é mais facil não ter ideias e criticar as dos outros, mas nunca foi esse o caminho seguido. E em alguns casos, como no da taxa social única ou no da novas oportunidades, demonstrou-se a coragem de discutir o que era preciso, sem taticismos ou medo de afrontar certos sectores de voto.



Do PS ressalta sobretudo o desespero de verem o poder fugir. Não se viu ao longo da campanha uma única proposta ter origem no PS. Foi uma campanha de soundbites, procurando criar casos, focados em eventual erros dos adversários, e até, procurando criar factos onde eles não existiam recorrendo mesmo, em alguns casos, á mentira. Foi uma campanha assente num mantra (falso), o de que a situação que vivemos é culpa da "crise internacional" e dos malandros "da oposição que criaram a crise derrubando o governo. Foi um mantra repetido com uma fidelidade absoluta, quasenivel de seita, mas cujo efeito se esgotou nops primeiros dias de campanha. Foi tambem uma campanha que viveu dos balões de ar oferecidos por sondagens irrealistas de empresas de sondagens que ano apos ano reafirmam a sua incompetencia, e por uma imprensa ainda demasiado temerosa do poder para fazer o seu trabalhgo com a isenção e competencia exigida. O PS vai perder, prova disso é que muitos desapereceram nos ultimos dias (onda andam Santos Silva ou Jorge lacão), resta é saber até onde irá o mau perder.



O CDS prepara-se para ter vum optimo resultado e ser o parceiro de governo do PSD. Por mérito próprio, pois trabalharam para isso. Foi um partido que nunca abdicou das suas bandeiras (agricultura, segurança, desemprego, solidariedade social), e que em relação á troika demonstrou uma atitude responsável e de estado, ao contrário da esquerda. E do resultado do CDS depende o tamanho da derrota do PS, pois vários são os circulos eleitorais em que a disputa de deputados é feita directamente entre estes dois partidos (Açores, Leiria, Porto; Guarda, Vila Real).



De PCP e BE não´há muito a apontar. Desde cedo, e fruto da sua postura de nunca serem solução para nada, se percebeu que não passava por lá o futuro do País. O certo é que ninguem pode contar com estes partidos para mais do que criticas e juizos de valor. Com os resultados que vão estar á vista. O PCP manterá o ultimo resultado, muito por força da sua fidelissima base eleitoral e da popularidade do seu lider. O BE vai sofrer um merecido tombo como punição dos seus sucessivos erros politicos. mas mesmo assim deverão ter um nº razoavel de eleitos. Mas passam a 5ª força politica.



Dos restantes partidos pouco há a contar. Vitimas de um tratamento desigual por parte da imprenssa, e em alguns casos de uma mensagem e ideologia inexistente ou ridicula (partido dos animais?!), o certo é que poucos os levam a sério. Isto apesar de haver partidos que fizeram pela vida. Destaco neste aspecto o PCTP-MRPP, o MEP ou o PPM. São partidos com mensagem própria (concorde-se ou não), nalguns casos com uma longa história, e que fizeram campanhas esforçadas. E creio que a democracia saia a ganharse em Lisboa se elegesse o nº1 de cada um destes 3 partidos em vez de um 17º do PSD, um 16º do PS ou um 5º da CDU.



Foi a campanha que tivemos. O verdadeiro desafio começa segunda-feira!


Tenho Dito!