quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ir á Europa para quê?




















Todos os anos é a mesma história! Em portugal 2, ou raramente 3, equipas lutam pelo titulo. O resto luta pela permanencia ou por "ir a uma competição europeia"!


E aqui reside a questão; ir a uma competição Europeia para quê?


A maioria passa uma ou duas pré- eleminatórias para no momento da verdade, contra equipas mais competitivas, caírem estrondosamente! E depois temos histórias muito portuguesas; dirigentes a queixarem-se dos custos das deslocações, treinadores a quererem desculpar más planificações de época com 2 ou 4 jogos europeus no inicio de época!


O Vitória não é excepção! Todos os anos aponta como objectivo um lugar nos 5 primeiros para ir á Europa, e depois são as constantes desilusões. Há uns anos foi o que se viu na celébremente infame pré-eleminatória da Champions com o Basileia e na pré-eleminatória da UEFA com o Portsmouth. Este ano grandes dificuldades para passar uma fraquissima equipe Dinamarquesa (0-0 fora, 2-1 casa)e depois um descalabro perante um acessível Atlético de Madrid (0-2 fora, 0-4 casa!!?)!


Ir á Europa para quê?


Para acumular páginas negras no nosso historial?


Por muito que nos custe a nós Vitorianos só existem em Portugal 4 equipes com dimensão europeia, Porto (acima de todos) , Benfica, Braga e (ocasionalmente) Sporting. E enquanto no Vitória reinar a pequenez de pensamento e a vaidade assim continuará!


Tenho Dito

terça-feira, 16 de agosto de 2011

MADRID: constante redescoberta!







Acabo de regressar de uns dias de férias passados em Madrid com a minha namorada. Já tinha visitado Madrid três vezes, mas já há uns anos que lá não ia. E pude verificar que é possível visitar-se a mesma cidade diversas vezes como se fosse a primeira.
São diversas as áreas que vale a pena visitar, cada uma tão diversa quanto possível, mas todas compondo um puzzle que acaba por se encaixar surpreendentemente bem.
Começamos pelo centro de Madrid, a plaza del sol, sempre em constante movimento, de dia ou de noite. É o ponto central de Madrid, o ponto central de Espanha. Aí encontramos de tudo, uma forte presença de turistas, protestos políticos, vendedores de rua, artistas de rua, tudo vai dar á Plaza del Sol. Mas a agitação não termina aí. Nas ruas circundantes, principalmente na calle dos preciados, podemos encontrar todas as lojas de marca que nos possamos lembrar. Um verdadeiro quem é quem que faz a delicias dos adeptos das compras.Destaque também para os gigantescos armazens do El Corte Inglês (4 no total) ou a mais completa FNAC que podemos encontrar. Se seguirmos vamos dar á impressionante Gran Via, uma das principais artérias de Madrid, que impressiona pela majestosidade dos seus edifícios (principalmente a sede da telefónica), pelos seus classicos cinemas e pelos restaurantes de fast-food (tudo que é cadeia pode aqui ser encontrada). O centro é por isso o ponto dominante de qualquer visita, de dia ou de noite, com animação e movimento constante.
Temos depois a zona do Prado e do Retiro. zona de passagem obrigatória, onde abundam os museus e os jardins. destaque para o museu do Prado, o mais gigantesco e impressionante de Madrid. Aí passei duas horas nas quais me desfiz da sensação de aborrecimento que enquanto miúdo aí tive e pude apreciar com grande deleite algumas das mais fantásticas obras de arte que é possível apreciar. Gostei especialmente das oras de Goya e Velasquez. devem nessa área visitar também a famosa fonte de Cibeles (uma das imagens de marca de Madrid) , a estação de atocha ou o centro de arte moderna Reina Sofia (onde está talvez o maior quadro de sempre, a Guernika de Picasso). Mas o meu ponto preferido desta zona é parque do retiro. Uma cidade dentro da cidade, o parque do retiro é onde se juntam o ar puro e apreço pela natureza com o boculismo e romantismo. É o local ideal para se relaxar na relva, fazer um piquenique ou até andar de barco no enorme lago que aí se encontra. Com a companhia certa (como eu tinha) torna-se num dos melhores pontos de Madrid.
Passa-se depois para a Madrid histórica, zona de ruas apertadas e labirinticas, recheadas de bares e restaurantes a apelar ao divertimento constante. Destaque para o pitoresco bairro de lavapies, verdadeiro caldeirão de culturas, onde se encontram emigrantes árabes, da África negra, da América latina, tudo numa frágil mas funcional convivência com os naturais de Madrid que ainda aí resistem. Na Madrid histórica é ainda imperdivel a Plaza Mayor, uma das melhores de Espanha, local ideal para numa explanada se fugir ao calor ou para um jantar romântico ao som dos muitos artistas de rua.
Área que não se pode também perder é o célebre passeo de la Castellana. Avenida imensa, é o centro económico de Madrid, onde estão as grande empresas, a maioria das embaixadas (incluindo a nossa). Aí recomendo duas coisas, pequeno-almoço no bar do Jornal Marca (engraçado e barato) e a visita ao Estádio Santiago Bernabeu, casa do Real Madrid. Até mesmo um adepto do Barça como eu não deixa de admirar a grandeza que ali se vive.
Finalmente uma nota para outra zona, a Madrid Régia. Aí destaco a sensacional plaza del Oriente, com as suas estátuas de monarcas espanhóis, ou o Majestoso palácio real. E nota especial para a praça da ópera, onde de noite se podem ver pessoas das mais diversas idades, nacionalidades ou raças fazendo de tudo, desde piqueniques (algo que também fiz), lendo livros, indo á net, espectáculos de rua, de patins ou btt.Um local que verdadeiramente nos mostra que não é preciso muito para se ter qualidade de vida, algo em que os espanhois nos dão lições. Basta ir ao Museo del jamon (cadeia de Charcutarias/bares/restaurantes onde se pode adquirir o melhor presunto do mundo ou beber uns copos num ambiente de grande descontracção) adquirir um pic nic (bocadillo de jamon ou queso, bebida e fruta por 2 €), ir para a plaza da opera e aí desfrutar duma noite amena em boa companhia.
Madrid não é daquelas cidades que as pessoas se lembram de referir entre as suas favoritas. Não tem a magia de Barcelona, a tradição de Paris, o romantismo de Roma, mas é uma cidade que é possível redescobrir-se a cada visita. E isso torna-a única.
Foram umas boas férias. Visita recomendada.
Tenho dito.