segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A ascensão da lancheira!






Quando comecei a trabalhar na OPTIMUS Negócios, há umas semanas, uma das primeiras lições que um dos meus colegas mais veteranos, o António, me passou foi a de que não seria sustentável estar todos os dias a ir almoçar ao restaurante. Teria que me habituar a levar o almoço de casa, na tradicional lancheira, caso contrário estaria a "trabalhar para pagar o almoço.", nas palavras do António. Somos hoje uma equipa de 6 pessoas, 5 homens e 1 mulher, e todos vamos trabalhar acompanhados das nossas lancheiras e fazemos da hora de almoço um momento de excelente convívio.
Este meu caso não é isolado, cada vez são mais os portugueses que saem todas as manhãs acompanhados das suas lancheiras, num esforço para poupar onde é possível, tal é a dimensão do aperto a que anos de desvario governativo nos condenaram.
Foi hoje entregue na Assembleia da Republica o Orçamento de Estado para 2012, o mais duro de que há memória! É pedida á classe média, sobretudo aos funcionários públicos , sacrifícios cuja dimensão não consigo aceitar como decentes.
Ainda agora ouço o Ministro das Finanças, com um ar absolutamente devastado e impotente dizer que os cortes estarão em vigor até ao fim do programa de resgate (2013) e admitir a existência de mais buracos. Há dias Passos Coelho admitiu publicamente que estas medidas contrariam as promessas eleitorais do PSD, o que configura uma cuspidela na dignidade de todos os militantes do partido que lutaram pelo fim do socratismo e que se vêm enganados. Para que insistem alguns em candidatar-se para altos cargos, fazerem propostas eleitorais, se uma vez lá chegados se revelam impreparados e surpresos pelas circunstâncias?
Temos um PS a comportar-se como se o simples facto de ter mudado de líder os isentasse de todas as responsabilidades, quando muitos dos que se sentam na AR foram a base de apoio de Sócrates e assistiram impavidos e serenos aos "crimes" que o seu governo cometia. Vemos uma esquerda que já ultrapassou o limite do patético, ao ponto de ser já triste. Irão para mais um voto contra um OE, sem nada de util proporem como alternativa. Os sindicatos mais uma vez reciclam taticas dos anos 80, sem conseguiram perceber que os tempos evoluíram. Acabaram por se tornar irrelevantes.
A crise é mundial, a Europa de Merkel e Sarkozy está sem rumo, tão fracos são esses líderes (apenas Durão Barroso mostra pulso). A situação na Grécia não tem solução possível, a Itália do descontrolado Berlusconi caminha para o desastre, o Euro treme, nos Estados Unidos as diferenças ideológicas entre Republicanos e Democratas impedem Obama de combater eficazmente a crise.
Noutros países a contestação é forte, com focos de violência. Em Portugal ela existe, mas de maneira moderada. Os portugueses continuam a mostrar coragem e estoicismo perante as dificuldades. É certo que ainda existem imensos focos de absentismo, fuga aos impostos, preguiça. Mas a maioria está empenhada em não se deixar vencer.
A lancheira é bem um símbolo desta luta, deste empenho. Da procura de soluções, do corte nas despesas mas sem ceder demasiado na qualidade de vida. Da esperança de que melhores dias virão.
Na minha equipe de trabalho referimos-nos a nós mesmos como a brigada da lancheira. Fazemos-lo com humor e orgulho. Porque quem trabalha com seriedade, empenho e honestidade não tem de que se envergonhar.
Viva a lancheira!
Tenho Dito!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Jardim 45- "democratas" 0


Os Madeirenses decidiram, está decidido! Após uma campanha eleitoral absolutamente ensurdecedora, na qual se criou uma verdadeira frete anti-Jardim, com a maioria da comunicação social do continente activamente empenhada, o certo é que o PSD-Madeira conseguiu a sua 45ª vitoria consecutiva.
É certo que foi a sua vitoria mais curta, é certo que fica uma mensagem de desagrado do eleitorado com a politica irrealista que nos últimos anos se praticou no arquipélago, mas não deixa de ser uma maioria absoluta.
Cabe agora a Alberto João Jardim entender o que os tempos lhe reservam, as dificuldades que aí vêm, e proceder a uma mudança de atitude. E cabe ao Presidente da Republica e Primeiro-ministro terem para com esse senhor uma politica de tolerância zero quanto a disparates e loucuras.
O verdadeiro derrotado destas eleições foi o PS. O eleitorado puniu claramente a politica do bota-abaixo, da politica rasteira. O comportamento lamentável de um partido que ignorou as suas enormes responsabilades na situação que vivemos foi severamente punida pelo eleitorado numa mostra de sabedoria.
No demais nota para o excelente resultado do CDS, agora segunda força politica do arquipélago, mostra de um trabalho equilibrado e competente que vai dando resultados.
Péssimo resultado para a esquerda, com a CDU a eleger apenas um deputado (tantos como o PND, PAN ou MPT) e para o "desastre" do BE que bem deve preocupar Louçã e cia. O bloco é um fenómeno em esvaziamento claro.
E referir também o efeito José Manuel Coelho, que a bordo do PTP elegeu três deputados (ele, a filha e o cunhado) e mostrou uma vês mais que a politica portuguesa mostra sintomas de doença grave.
Tenho Dito

domingo, 11 de setembro de 2011

Memórias de 11 de Setembro













Recordo o dia 11 de Setembro de 2001 como se fosse ontem. Tinha acabado de almoçar e encontrava-me em frente da televisão a tomar café e a ver o jornal da tarde. Quando chegou a noticia de que um avião tinha chocado contra o World Trade Center não dei mais importância que o normal. Na altura a informação que corria era de que era uma avioneta.



O choque só começou verdadeiramente quando vi, em pleno directo televisivo, o segundo avião chocar com a segunda torre. Já não descolei da televisão, totalmente incrédulo. E depois chega noticia de que outro avião tinha chocado com o símbolo do poderio militar americano, o Pentágono. Começam os rumores de que outros alvos se seguirão. Chega a noticia, estranha, de que outro avião se tinha despenhado na Pensilvania (mais tarde se saberia dos actos de coragem dos passageiros desse voo).


A tragédia ganhou uma dimensão inimaginável quando a primeira torre se desmoronou. Lembro-me perfeitamente da queda da segunda torre. O jornalista, creio que José Rodrigues dos Santos, pensou inicialmente tratar-se da repetição da queda da primeira para constatar depois, com visível horror, tratar-se da segunda. Um símbolo do progresso americano deixava de existir. Perdiam-se milhares de vidas, 2713 de mais de 80 países (5 portugueses), estava consumado o mais hediondo acto de terrorismo dos nossos tempos.



O mundo mudou, duas guerras tiveram inicio, passamos a viver num mundo mais securitário e desconfiado. A determinação e coragem dos Americanos foi posta á prova, com resultados notáveis.



Dez anos depois o responsável por estes actos cobardes, Ossama Bin-Laden foi finalmente apanhado pelos Estados Unidos e abatido. Fez-se justiça, a América festejou , virou-se uma página.


Várias são as imagens que tenho presente desse dia de 11 de Setembro de 2001, mas nenhuma me provoca tanta emoção como a coragem de bombeiros e policias que na face da tragédia marcharam sem hesitar para dentro das torres tentando salvar o máximo de vidas possível. Centenas de bombeiros e policias perderam a vida, mas nesse nobres actos de coragem pude ver o que de melhor tem a raça humana.



O maneira como os bombeiros e policias de Nova Iorque reagiram nesse dia é um exemplo perante o qual me curvarei atá ao fim dos meus dias.



Paz á sua alma e ás de todas as vitimas.


Tenho Dito!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ir á Europa para quê?




















Todos os anos é a mesma história! Em portugal 2, ou raramente 3, equipas lutam pelo titulo. O resto luta pela permanencia ou por "ir a uma competição europeia"!


E aqui reside a questão; ir a uma competição Europeia para quê?


A maioria passa uma ou duas pré- eleminatórias para no momento da verdade, contra equipas mais competitivas, caírem estrondosamente! E depois temos histórias muito portuguesas; dirigentes a queixarem-se dos custos das deslocações, treinadores a quererem desculpar más planificações de época com 2 ou 4 jogos europeus no inicio de época!


O Vitória não é excepção! Todos os anos aponta como objectivo um lugar nos 5 primeiros para ir á Europa, e depois são as constantes desilusões. Há uns anos foi o que se viu na celébremente infame pré-eleminatória da Champions com o Basileia e na pré-eleminatória da UEFA com o Portsmouth. Este ano grandes dificuldades para passar uma fraquissima equipe Dinamarquesa (0-0 fora, 2-1 casa)e depois um descalabro perante um acessível Atlético de Madrid (0-2 fora, 0-4 casa!!?)!


Ir á Europa para quê?


Para acumular páginas negras no nosso historial?


Por muito que nos custe a nós Vitorianos só existem em Portugal 4 equipes com dimensão europeia, Porto (acima de todos) , Benfica, Braga e (ocasionalmente) Sporting. E enquanto no Vitória reinar a pequenez de pensamento e a vaidade assim continuará!


Tenho Dito

terça-feira, 16 de agosto de 2011

MADRID: constante redescoberta!







Acabo de regressar de uns dias de férias passados em Madrid com a minha namorada. Já tinha visitado Madrid três vezes, mas já há uns anos que lá não ia. E pude verificar que é possível visitar-se a mesma cidade diversas vezes como se fosse a primeira.
São diversas as áreas que vale a pena visitar, cada uma tão diversa quanto possível, mas todas compondo um puzzle que acaba por se encaixar surpreendentemente bem.
Começamos pelo centro de Madrid, a plaza del sol, sempre em constante movimento, de dia ou de noite. É o ponto central de Madrid, o ponto central de Espanha. Aí encontramos de tudo, uma forte presença de turistas, protestos políticos, vendedores de rua, artistas de rua, tudo vai dar á Plaza del Sol. Mas a agitação não termina aí. Nas ruas circundantes, principalmente na calle dos preciados, podemos encontrar todas as lojas de marca que nos possamos lembrar. Um verdadeiro quem é quem que faz a delicias dos adeptos das compras.Destaque também para os gigantescos armazens do El Corte Inglês (4 no total) ou a mais completa FNAC que podemos encontrar. Se seguirmos vamos dar á impressionante Gran Via, uma das principais artérias de Madrid, que impressiona pela majestosidade dos seus edifícios (principalmente a sede da telefónica), pelos seus classicos cinemas e pelos restaurantes de fast-food (tudo que é cadeia pode aqui ser encontrada). O centro é por isso o ponto dominante de qualquer visita, de dia ou de noite, com animação e movimento constante.
Temos depois a zona do Prado e do Retiro. zona de passagem obrigatória, onde abundam os museus e os jardins. destaque para o museu do Prado, o mais gigantesco e impressionante de Madrid. Aí passei duas horas nas quais me desfiz da sensação de aborrecimento que enquanto miúdo aí tive e pude apreciar com grande deleite algumas das mais fantásticas obras de arte que é possível apreciar. Gostei especialmente das oras de Goya e Velasquez. devem nessa área visitar também a famosa fonte de Cibeles (uma das imagens de marca de Madrid) , a estação de atocha ou o centro de arte moderna Reina Sofia (onde está talvez o maior quadro de sempre, a Guernika de Picasso). Mas o meu ponto preferido desta zona é parque do retiro. Uma cidade dentro da cidade, o parque do retiro é onde se juntam o ar puro e apreço pela natureza com o boculismo e romantismo. É o local ideal para se relaxar na relva, fazer um piquenique ou até andar de barco no enorme lago que aí se encontra. Com a companhia certa (como eu tinha) torna-se num dos melhores pontos de Madrid.
Passa-se depois para a Madrid histórica, zona de ruas apertadas e labirinticas, recheadas de bares e restaurantes a apelar ao divertimento constante. Destaque para o pitoresco bairro de lavapies, verdadeiro caldeirão de culturas, onde se encontram emigrantes árabes, da África negra, da América latina, tudo numa frágil mas funcional convivência com os naturais de Madrid que ainda aí resistem. Na Madrid histórica é ainda imperdivel a Plaza Mayor, uma das melhores de Espanha, local ideal para numa explanada se fugir ao calor ou para um jantar romântico ao som dos muitos artistas de rua.
Área que não se pode também perder é o célebre passeo de la Castellana. Avenida imensa, é o centro económico de Madrid, onde estão as grande empresas, a maioria das embaixadas (incluindo a nossa). Aí recomendo duas coisas, pequeno-almoço no bar do Jornal Marca (engraçado e barato) e a visita ao Estádio Santiago Bernabeu, casa do Real Madrid. Até mesmo um adepto do Barça como eu não deixa de admirar a grandeza que ali se vive.
Finalmente uma nota para outra zona, a Madrid Régia. Aí destaco a sensacional plaza del Oriente, com as suas estátuas de monarcas espanhóis, ou o Majestoso palácio real. E nota especial para a praça da ópera, onde de noite se podem ver pessoas das mais diversas idades, nacionalidades ou raças fazendo de tudo, desde piqueniques (algo que também fiz), lendo livros, indo á net, espectáculos de rua, de patins ou btt.Um local que verdadeiramente nos mostra que não é preciso muito para se ter qualidade de vida, algo em que os espanhois nos dão lições. Basta ir ao Museo del jamon (cadeia de Charcutarias/bares/restaurantes onde se pode adquirir o melhor presunto do mundo ou beber uns copos num ambiente de grande descontracção) adquirir um pic nic (bocadillo de jamon ou queso, bebida e fruta por 2 €), ir para a plaza da opera e aí desfrutar duma noite amena em boa companhia.
Madrid não é daquelas cidades que as pessoas se lembram de referir entre as suas favoritas. Não tem a magia de Barcelona, a tradição de Paris, o romantismo de Roma, mas é uma cidade que é possível redescobrir-se a cada visita. E isso torna-a única.
Foram umas boas férias. Visita recomendada.
Tenho dito.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A nova DC :parte 1



O mundo dos comics está numa encruzilhada. Apesar de as personagens da Marvel e da DC serem mais populares que nunca, com os seus filmes a dominarem Hollywood e o mundo, não só em box-office como, muitas vezes, em qualidade, o certo é que as vendas mensais de cómics baixam de mês para mês. Cada vez mais formatos como as hardcovers ou os Paperbacks vão ganhando o seu espaço nas grandes livrarias (ex: FNAC), para desespero das comic book shops e á custa dos cómics tradicionais, aquilo que verdadeiramente suporta a industria.



A DC comics confrontava-se ainda com outro problema sério. Após uma reestruturação empresarial que visava subir a sua importância no universo da gigante Warner Brothers e agilizar a sua estrutura criativa, o certo é que em vendas continua a grande distância da rival Marvel Comics. Mesmo em meses em que no top-10 de vendas conseguia meter 6 titulos, inclusive no 1º e 2º lugar, o certo é que share de vendas a coisa normalmente fica Marvel 45% - DC 25%. Desanimador no mínimo. Até porque em qualidade andavam equiparadas, quer no bom, quer no mau.



Chegado mais um verão ambas as editoras lançaram os seus tradicionais eventos, mini-séries especiais com muitos tie-ins associados, em que as editoras se especializarem e os fãs, apesar de sempre criticarem, acabam por devorar avidamente. Estes eventos sempre prometer mudar tudo, e embora por vezes o consigam, os efeitos são de curta duração, voltando tudo rapidamente ao status-quo.



O evento da DC, "Flashpoint",escrito pela super-estrela Geoff Johns, até tinha uma premissa bem gira, tendo como centro Barry Allen, o Flash. Este, após uma noite de trabalho no laboratório criminal, acorda para descobrir que o mundo está diferente. Ninguém ouviu falar do Super-homem, em Gotham um Batman mais violento combate o crime e de dia gere casinos onde arranja o financiamento para as suas actividades (spoiler: é Thomas Wayne que sobreviveu e viu o seu filho morrer no assalto), Hal Jordan nunca recebeu o anel de Lanterna Verde porque abin sur nunca morreu, na Europa uma guerre entre as Amazonas de Wonder Woman e os Atlantes de Aquaman leva a que as primeiras conquistassem o Reino Unido (matando quase todos os homens) e os segundos tivessem afundado toda a Europa Ocidental com mais eficácia que qualquer agência de rating (sim Portugal também foi). Uma história que muitos fãs se apressaram a classificar como um "elseworld" e que no fim tudo voltaria ao mesmo. Como estavam enganados!



Os primeiros sinais de que algo se ia passar começaram a surgir na net. Nas solicitações que as editoras lançam todos os meses , em Agosto todos as histórias chegavam ao fim, sendo que algumas até saiam a dobrar para alcançar esse final. mais, na ultima semana de Agosto apenas um titulo era lançado, Flashpoint #5, o ultimo numero desse evento. Juntava-se a isso o facto de nenhum criador associado com DC poder revelar o que tinha planeado para depois dessa data, ao terem assinado acordos de não divulgação com a empresa.



Há cerca de um mês a bomba estourou. A DC em Setembro ia fazer um relançamento geral, 52 novas colecções, 52 novos nº1. Em muitos casos uma nova história.



Pelo que foi sendo dito, não se trata de uma reformulação geral, o que funcionava, como os títulos associados com o Batman ou com o Lanterna Verde, continuam as suas histórias. Outros, como a Liga Justiça , o Super-Homem e muitos outros, terão a sua história recontada. A internet explodiu! Houve de tudo, desde de fãs que anunciaram o Apocalipse, aos que anunciaram o seu abandono dos cómics, aos que adoraram a ideia e nela embarcaram.



Do ponto de vista do negócio creio que este era um passo inevitável. Algo tinha de ser feito, e a DC arriscou. O meio precisava de um golpe assim para reanimar. A decisão de lançar 52 novas séries, assim como a de lançar digitalmente no mesmo dia em que sai nas lojas, lança os comics no sec.XXI. E de há um mês para cá não se fala noutra coisa, sendo o relançamento tema central não só da imprensa especializada, mas também de meios de comunicação de todo o mundo (desde a CNN ao USA Today). O mundo dos cómics só tem a ganhar com isso.



Pessoalmente, apesar de algumas reservas quanto a alguns títulos e equipas criativas escolhidas, estou muito entusiasmado. Deixei de comprar cómics há 2 anos e meio, comprando agora só HC e TPB. Mas esta medida vai fazer-me voltar á compra semanal de cómics. Se mais houverem como eu, a DC consegue o que pretendia.



Tenho Dito



PS: numa 2ª parte analisarei, da minha perspectiva de fã, os títulos e as equipas criativas. não o faço agora porque o post vai extenso. Mas deixo um link para quem quiser consultar essa lista:



the dark knight rises - first teaser poster



Nova Liga; velhos hábitos.



Duas notas rápidas para que se veja como apesar de estarmos no inicio de uma nova época, os velhos hábitos se mantêm:



.novamente sorteio condicionado a favor de Benfica, Porto e Sporting sem qualquer justificação desportiva, legal ou até de bom senso. A única justificação para um sorteio condicionado podia ser a defesa das equipas que nos representam na Europa (algo que não é feito em nenhuma liga moderna) mas nem isso foi feito. Basta olhar para o terrível inicio de liga do Vitória, em que nas 7 primeiras jornadas joga com as restantes equipas europeias, apesar de ter pré- eleminatórias da liga Europa. Injustificável a apatia com que 13 clubes permitem este favorecimento.



.os três canais televisivos em sinal aberto anunciaram com orgulho que para cortarem nas despesas iam dividir entre si os estágios dos "3 grandes"!!? não seria maior poupança não transmitir diariamente os treinos desses clubes no estrangeiro? Pois bem, lá temos diariamente a dose interminável de promoção dos jogadores e patrocinadores desses clubes. Até fiquei ontem a saber que o secretário técnico do Porto se tinha ausentado 2 dias do estágio! Incrível! Já para não falar de um fenómeno novo; diáriamente temos também noticias do estágio do ... Real Madrid!? Sim, de uma equipa espanhola, enquanto as 13 restantes estão num limbo informativo. Até o Braga, finalista da liga Europa, não tardou a ser remetido á irrelevancia informativa (não fosse Nuno Gomes e se calhar nem da apresentação falavam).



Tenho Dito



PS: entretanto a Sport Tv já nos bombardeia com a avalanche de jogos treinos do Benfica com super equipas como o Servette, o Dijon ou a selecção de amadores de friburgo (ao menos a estes ganharam).

quinta-feira, 30 de junho de 2011

The DC Comics New 52 Presentation


Mais á frente deixarei aqui as minhas ideias sobre esta gigantesca iniciativa!
Para já estou bastante entusiasmado!
Tenho Dito!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Novo Governo -notas rápidas




Algumas notas que me parece interessante referir:




.Muito bem Passos Coelho pela rapidez e descrição com que formou o governo. Praticamente nenhum especialista adivinhou a composição deste governo, especialmente nas suas pastas mais decisivas. Um bom começo.




.Um governo jovem e com uma capacidade técnica reconhecida. Alguns apontam alguma falta de peso politico mas, como li hoje, devemos ser o único país em que culpando os políticos pela crise nos queixamos depois, quando são escolhidos técnicos, da sua falta de "peso politico".




.4 independentes, 4 militantes do PSD, 3 militantes do CDS. Parece-me equilibrado.




.ao contrário da maioria dos independentes que o PSD incluiu nas suas listas, os escolhidos para o governo parecem ser escolhas acertadas e que trarão mais-valias. Junte-se a isso o facto de serem nomes relativamente desconhecidos do publico em geral, o que lhes trará uma maior "almofada" de tempo para porem em prática as medidas necessárias.


.As escolhas do CDS, Portas nos negócios Estrangeiros, Mota Soares na Segurança social e Assunção Cristas na Agricultura, Mar, Ambiente e Ord. do Território, são para áreas nas quais este partido se destacou. Assunção Cristas, tendo um super-ministério, tem uma missão difícil e arriscada.


.Os ministros "PSD" são escolhas pelo seguro, do circulo próximo de Passos. Surpreende Miguel Macedo na Administração Interna, ministério complicado, e Aguiar Branco na defesa. Mas Ambos podem fazer um bom trabalho.



. Vítor Gaspar (Estado e Finanças) e Álvaro Santos Pereira (Economia e emprego) têm obra escrita sobre as áreas que vão tutelar. Nuno Crato também. Mota Soares tem um trabalho reconhecido na área da Segurança Social. Paula Teixeira da Cruz tem uma carreira reconhecida na área da justiça. Tais êxperiencias , académicas e profissionais, só podem ser mais valias para o Governo. E é mais importante ter-se um pensamento estruturado sobre a área que se vai tutelar, do que ter peso politico ou ser bem falante. Disso já havia que chegasse nos anteriores governos.




. È de facto um governo pequeno, 11 ministros apenas. Mas é um governo com ministérios gigantescos, como a Economia (engloba economia, emprego, obras publicas, energia, transportes) ou o da Agricultura (agricultura, mar, ambiente, ordenamento do território). E não esquecer que o Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, tem sobre a sua tutela as Autarquias, o Desporto, a Juventude. Tal facto torna mais importante do que nunca a escolha da equipe de secretários-de-estado. Deve ser seguido o mesmo caminho de equilíbrio entre independentes e membros dos partidos. Estes secretários- de-estado terão um estatuto prácticamente equivalente ao de Ministros, pelo que a qualidade deve ser a mesma que reconhecemos aos Ministros.




.Curioso verificar que apesar de alguns profissionais do mal dizer terem tentado vender a ideia de um governo que "desiludiu" ou de "segundas escolhas", ainda não vi nenhum dos representantes das principais áreas de actividade criticarem os ministros escolhidos para tutelarem o seu sector. É um bom principio.




.Única nota de desagrado; enquanto militante do PSD gostaria de ter visto o Secretário-geral ficar de fora do governo para se poder concentrar em dirigir o Partido nas difíceis batalhas que se avizinham. Passos é a face visível do governo, seria importante que o PSD tivesse também uma face visível, que não se misturasse com as do governo e pudesse, na arena da luta partidária, confrontar-se com os lideres dos partidos a sua esquerda, sobretudo o que sair das directas do PS. Miguel Relvas encaixava bem nessa função, creio até que era esse o seu desejo, Passos não pensou assim. Creio que os estatutos obrigam a que agora se escolha novo secretário-geral, um que não esteja no Governo. Ficam votos de que seja uma figura com peso e credibilidade para ser a "cara" do partido.




Tenho Dito

sábado, 11 de junho de 2011

X-MEN FIRST CLASS - análise




Dos quatro grandes filmes baseados em cómics, que saem este ano, X-men First Class era aquele em que eu tinha menos fé, o gerava menos expectativas. Estava enganado, bem enganado!




X-Men first class vai ao inicio da historia, como se conheceram Charles Xavier e Erik Leshner (Magneto), como ficaram amigos, abraçaram uma causa comum e como seguiram caminhos diferentes, com duas visões opostas para um mesmo problema.




A escolha de situar o filme no inicio dos anos 60, mais precisamente num momento decisivo da guerra fria, a crise dos misseis de cuba, é uma escolha inspirada e que traz ao filme um certo charme. Outra escolha inspirada é a de fugir ao excesso de acção e efeitos especiais pelo qual pecam muitas vezes estes filmes. Não digo que não existam cenas de acção , existem e muito boas, mas sempre obedecendo a um rumo definido pela história. È um filme inteligente, um bom inicio para uma saga que já conta com 3 filmes e outra prequela (X-Men origens: Wolverine).




O filme desenrola-se sobretudo em volta de Charles e Erik. Charles Xavier é muito bem interpretado por James McAvoy, que nos dá uma versão surpreendente do personagem, muito inteligente mas também boémio e sedutor. Durante o filme vamos vendo a evolução do personagem para o Prof. Xavier que conhecemos, mas o Xavier divertido e sedutor de McAvoy é muito bom.




Michael Fassbender é uma descoberta. O seu Erik, um sobrevivente do holocausto tornado caçador de nazis tem uma certa aura de Bond (já existem rumores de que é o favorito para suceder a Daniel Craig no papel). Uma interpretação segura. Ao mesmo tempo que nos vamos apercebendo de uma evolução em Xavier, tambem nos apercebemos do crescimento de uma certa aura negra em Erik que culminarão em Magneto.




Outras personagens tambem merecem destaque. A figura que mais se destaca a seguir ás duas principais é a de Raven (Mistique). Descobrimos a sua ligação (surpreendente) a Charles Xavier e o caminho que faz até se tornar a principal apoiante de Magneto. Jennifer Lawrence é uma jovem actriz que dá mostras de enorme talento num papel muito bem conseguido. Também algum destaque para os vilões da história Sebastian Shaw (Kevin Bacon) e Emma Frost (January Jones). Bacon regressa no seu melhor, com uma interpretação muito segura. Jones desempenha uma das mais importantes personagens da actualidade mutante, e fá-lo sem perder a ambiguidade moral que é marca de Emma. Dos restantes mutantes, destaque para o aparecimento de Beast (nicolas Hoult), Banshee (Caleb Landry Jones), Havoc (Lucas Till), Angel Salvadore (Zoë Kravitz) , Azazel (Jason Flemyng) ou até a humana Moira McTagert (Rose Byrne) agente da CIA que faz a ligação com Charles Xavier e Erik.




Não faltam momentos interessantes neste filme, incluindo um muito divertido cameo de um certo mutante canadiense. X-men First Class será, muito provavelmente, o melhor filme da saga desde X-Men II.




Recomendo vivamente a fãs e não fãs.




Tenho Dito.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

terça-feira, 7 de junho de 2011

Mudança



Os portugueses decidiram e fizeram-no de forma absolutamente clara. Escolheram um caminho diferente, um corte com anos de politicas desastradas, jogadas pouco claras, muito marketing e show-off, mas de resultados absolutamente negativos. Os portugueses decidiram-se pelo voto no PSD e pelo fim de 6 anos de governo PS de José Sócrates.



Foi uma vitória que não deixa duvidas, 38,63% para o PSD contra 28,05% do PS, 105 eleitos PSD contra 73 do PS, 16 círculos eleitorais ganhos pelo PSD contra 3 ganhos pelos PS. Não há como por em causa a clareza desta vitória.



Em vitória tão clara é sempre difícil encontrar destaques, mas eles existem. Em Viana do Castelo a candidatura do PSD liderada pelo independente Carlos Abreu Amorim e pelo presidente da distrital Eduardo Teixeira conseguiu eleger 4 dos 6 deputados que o distrito dispõe (contra 1 de PS e 1 de CDS), um resultado fantástico. Como também fantástico foi o resultado na Guarda, onde de 4 lugares disponíveis o PSD liderado por Manuel Meirinho conseguiu 3. Em Vila Real (distrito em que concorria Passos Coelho) e em Bragança (com Francisco José Viegas) o PSD conseguiu mais de 50% de votação (51,41% e 51,99% respectivamente) o que confirma a região como uma "nação laranja". Nota também para vitórias absolutamente claras como a dos Açores onde a politica de "Chico-esperto" de Carlos César foi claramente derrotada nas urnas (47,36% contra 25,67%). Em Leiria de 10 deputados o PSD conseguiu 6, contra 3 do PS e um do CDS (47% contra 20%), no Algarve venceu em todos os concelhos, no Porto elegeu mais 5 deputados em relação a 2009, em Braga mais 3, e teve até a coroa de gloria de ver o Açoriano(?) Costa Neves vencer Sócrates no circulo eleitoral deste, Castelo Branco. Mesmo onde o PSD perdeu não se pode dizer que os resultados tenham sido maus. Em Beja elege pela primeira desde 1995 um deputado, Carlos Moedas, que fez uma grande campanha tendo a coragem de lutar na sua terra quando teria sido mais fácil cair de para-quedas num outro circulo. Em É quase se conseguiu uma vitória histórica (PS-29,07%, PSD-27,47%) e em Setúbal foi conseguido um segundo lugar á frente do PCP e com o mesmo nº de deputados do PS (5). Uma noite para recordar, mas sem embandeirar em arco.



Quanto ao resto, destaque para um resultado muito bom do CDS, que garante uma sólida maioria de direita no parlamento e, esperemos nós, um governo de coligação sólido. É certo que as sondagens faziam o CDS sonhar com um resultado ainda melhor, mas 11,74% e 24 deputados eleitos confirmam um CDS reforçado, que mais que uma muleta da governação será um interveniente sólido. Paulo Portas deve estar feliz.



Á esquerda apenas a CDU se aguentou, mantendo os seus eleitos de 2009 e ainda conquistando um em Faro, circulo eleitoral que cresceu nestas eleições. Confirma-se a fidelidade do eleitorado comunista e o factor de popularidade do seu líder, Jerónimo de Sousa.



Uma das noticias da noite foi a queda do Bloco de Esquerda. Sem nunca conseguirem afirmarem-se como alternativa de nada, encurralados no estatuto de partido de protesto, o bloco viu fugir muitos desiludidos para quem o mito bloquista chegou ao fim. O Bloco perdeu deputados em círculos vitais como Lisboa, Porto ou Setúbal, mas os grandes golpes da noite foram a perca do seu deputado em Braga e sobretudo a do seu líder parlamentar (José Manuel Pureza) em Coimbra. Surpreendente também o facto de Francisco Louçã não se ter demitido, mas sobre comportamentos correctos na politica o Bloco apenas sabe exigir aos outros, tê-los é que é mais complicado.



Nenhum partido pequeno elegeu deputados, o que é mau para a democracia. Mas como a certa altura quem teve para eleger um deputado foi o Partido dos Animais (PAN), esse é um mal com que podemos bem.



Uma ultima nota para a abstenção. Foi muito elevada, para umas eleições desta importância, tendo duas explicações, os eleitores fantasmas e o bom tempo que se sentiu. A primeira é compreensivel e deve ser corrigida rapidamente. A segunda é patética e concordo com o Presidente da Republica, quem prefere mais 10 min. de praia ou shopping ao exercício de um dever civíco vital não tem depois qualquer legitimidade para vir reclamar do que quer que seja.



O mais difícil começa agora, com a formação de novo governo e o cumprimento do programa acordado com as instâncias internacionais. Não tenho duvidas de que Passos Coelho está á altura do desafio. Assim como Paulo Portas, todo PSD e todo CDS. Mas exige-se preseverança, compreensão e sobretudo sentido de Estado.



Tenho Dito

sexta-feira, 3 de junho de 2011

mais uma campanha eleitoral que chega ao fim!























Chegamos ao fim da campanha eleitoral, mais uma, mas talvez a mais importante das ultimas décadas. E ao contrário do que os profissionais da má-lingua debaixo da mascara de comentadores dizem, foi uma campanha onde até se lançaram ideias, ficaram claras diferenças entre projectos e o nivel do debate, embora ás vezes durinho (nada de mal nisso), foi interessante.



Comecemos pelo mais que provavel vencedor das eleições, o PSD. Foi uma campanha de altos e baixos, que começou com demasiada gente a falar e demasiadas ideias soltas lançadas para o ar. Felizmente foi arrepiado caminho a tempo e a campanha entrou numa dinãmica de vitória que não sendo imparável, foi pelo menos segura. Passos Coelho foi um lider que procurou discutir ideias, apresentar soluções. E se nem todas terão sido certeiras, ao menos fica aí a marca de um lider. Um lider discute as suas ideias e propostas. Claro que é mais facil não ter ideias e criticar as dos outros, mas nunca foi esse o caminho seguido. E em alguns casos, como no da taxa social única ou no da novas oportunidades, demonstrou-se a coragem de discutir o que era preciso, sem taticismos ou medo de afrontar certos sectores de voto.



Do PS ressalta sobretudo o desespero de verem o poder fugir. Não se viu ao longo da campanha uma única proposta ter origem no PS. Foi uma campanha de soundbites, procurando criar casos, focados em eventual erros dos adversários, e até, procurando criar factos onde eles não existiam recorrendo mesmo, em alguns casos, á mentira. Foi uma campanha assente num mantra (falso), o de que a situação que vivemos é culpa da "crise internacional" e dos malandros "da oposição que criaram a crise derrubando o governo. Foi um mantra repetido com uma fidelidade absoluta, quasenivel de seita, mas cujo efeito se esgotou nops primeiros dias de campanha. Foi tambem uma campanha que viveu dos balões de ar oferecidos por sondagens irrealistas de empresas de sondagens que ano apos ano reafirmam a sua incompetencia, e por uma imprensa ainda demasiado temerosa do poder para fazer o seu trabalhgo com a isenção e competencia exigida. O PS vai perder, prova disso é que muitos desapereceram nos ultimos dias (onda andam Santos Silva ou Jorge lacão), resta é saber até onde irá o mau perder.



O CDS prepara-se para ter vum optimo resultado e ser o parceiro de governo do PSD. Por mérito próprio, pois trabalharam para isso. Foi um partido que nunca abdicou das suas bandeiras (agricultura, segurança, desemprego, solidariedade social), e que em relação á troika demonstrou uma atitude responsável e de estado, ao contrário da esquerda. E do resultado do CDS depende o tamanho da derrota do PS, pois vários são os circulos eleitorais em que a disputa de deputados é feita directamente entre estes dois partidos (Açores, Leiria, Porto; Guarda, Vila Real).



De PCP e BE não´há muito a apontar. Desde cedo, e fruto da sua postura de nunca serem solução para nada, se percebeu que não passava por lá o futuro do País. O certo é que ninguem pode contar com estes partidos para mais do que criticas e juizos de valor. Com os resultados que vão estar á vista. O PCP manterá o ultimo resultado, muito por força da sua fidelissima base eleitoral e da popularidade do seu lider. O BE vai sofrer um merecido tombo como punição dos seus sucessivos erros politicos. mas mesmo assim deverão ter um nº razoavel de eleitos. Mas passam a 5ª força politica.



Dos restantes partidos pouco há a contar. Vitimas de um tratamento desigual por parte da imprenssa, e em alguns casos de uma mensagem e ideologia inexistente ou ridicula (partido dos animais?!), o certo é que poucos os levam a sério. Isto apesar de haver partidos que fizeram pela vida. Destaco neste aspecto o PCTP-MRPP, o MEP ou o PPM. São partidos com mensagem própria (concorde-se ou não), nalguns casos com uma longa história, e que fizeram campanhas esforçadas. E creio que a democracia saia a ganharse em Lisboa se elegesse o nº1 de cada um destes 3 partidos em vez de um 17º do PSD, um 16º do PS ou um 5º da CDU.



Foi a campanha que tivemos. O verdadeiro desafio começa segunda-feira!


Tenho Dito!

terça-feira, 31 de maio de 2011

NBA Finals 2011



E pronto, cá chegamos ao mais decisivo e espectacular momento da temporada, as finais.



Frente a frente os Dallas Maveriks e os Miami Heat. Ambos chegam aqui com total justiça pois demonstraram todo o seu potencial nestes Playoffs, isto depois de nem uma nem outra equipa ter ganho a sua conferencia na temporada regular (ficaram ambas em terceiro).



De Dallas podemos dizer que finalmente superou o trauma dos Playoffs, onde teimava em cair aos primeiros embates. Tiveram de facto uma carreira espectacular, superando em primeiro lugar os muito difíceis Portland TrailBlazers por 4-2, numa série que teve jogos verdadeiramente épicos. Depois chegou o grande teste para cada equipe que tenha a ambição de ser campeã, defrontar os actuais campeões, os Los Angeles Lakers. Foi um teste passado com distinção, com uma vitória por 4-0 (uma varredela), no que terá marcado o fim de uma era. Por fim, e já com a confiança em alta, vinham os jovens, mas com imenso potencial, Oklahoma City Thunder. Numa final de conferência que se previa equilibrada, os Mavs venceram por 4-1 (mesmo com jogos muito equilibrados) e chegam á final com um percurso verdadeiramente impressionante.



São uma equipe veterana, já rodada em diversas batalhas, mas com jogadores que ambicionam o seu primeiro titulo e tudo farão por ele.



Destaque para a sua grande estrela, Dirk Nowitzki, o alemão que já á vários anos é um dos mais decisivos jogadores da liga. Com a altura de um poste consegue vir fora jogar como o melhor dos extremos o que o torna num quebra-cabeças para as equipas adversárias que hesitam entre por um jogados mais alto a defendê-lo ou um mais baixo. Em ambos os casos Dirk consegue levar vantagem.



Mas outros jogadores também merecem destaque; o sensacional Jason Kidd, base de 38 anos, um dos melhores da história do jogo e que tem aqui uma verdadeira hipótese de ganhar o seu 1º titulo ; o poste Tyson Chandler, um dos melhores defesas do jogo e uma contratação que trouxe equilíbrio á equipe; o veterano Pedja Stojakovic que continua a ser dos mais letais atiradores de 3 pontos do mundo; Shaun Marion, o jogador invisivel de que todas as equipes campeãs necessitam; ou Jason Terry, base que é o 2º marcador de pontos da equipe.



Do outro lado estão os Miami Heat, equipe que inicio da época estava em todas a manchetes devido á aquisição de LeBron James e Chris Bosch, que se juntavam a Dwayne Wade. Desde logo foram vistos como grandes candidatos. No entanto, uma época irregular lançou algumas duvidas sobre se seria já este ano que mostrariam todo o seu potencial. Esse potêncial chegou quando era mais preciso, nos playoffs. Primeiro frente a uns muito jovens Philadelfia 76Sixers, os quais foram vencidos por 4-1. Depois os poderosos Boston Celtics, equipe que tinha eleminado Miami no ano anterior e que tinha estado numa final a sete jogos com os Lakers. Miami mostrou o seu poder e venceu por 4-1. E depois os sensacionais Chicago Bulls, melhor equipa da época regular, a melhor defesa da NBA. Foi uma eleminatória espectacular, que Miami venceu por 4-1.



Miami é Lebron James, Dwayne Wade e Chris Bosch. Foi assim que foi construida e chega. O resto são secundários que aqui e ali mostram a sua qualidade. Destaque para Mike Bibby, James Jones, Mike Miller, Mario Chalmers ou Udonis Haslem. Mas tudo gira em torno a LeBron, Dwayne e Chris.



Estas duas já equipas chegaram uma vez cada á final, curiosamente uma contra a outra em 2006. Então Miami, numa equipe onde já Dwayne Wade era estrela mas onde quem reinava era ShaquilleNeal, venceu os Dallas de Nowitzski por 4-2. Veremos se está na hora da revanche.



Previsão: DALLAS 4- 3 MIAMI



Tenho Dito