sexta-feira, 30 de março de 2012
A grande decisão.
E a isto chegamos!
Após três semanas de uma durissima e, muitas vezes alem das regras, campanha, chegamos aquele que será, talvez, o mais importante momento dos já 90 anos de história do Vitória. A decisão está nas mãos dos sócios do clube, inigualáveis no que a paixão diz respeito, mas com um registo de decisões que já possui alguns erros graves. Desta vez o clube não se compadecerá com erros, não existem mais oportunidades. O peso da decisão dos sócios é pois gigantesco.
Não importa agora falar da qualidade dos que se apresentam a votos,são os que são, os que tiveram coragem para tal, e só isso já os coloca vários degraus acima daqueles "ilustres e providenciaís" sócios porque alguns sempre parecem suspirar.
Dois projectos totalmente antagónicos, duas formas totalmente diferentes de conceber o futuro do Vitória, a decisão que os sócios tomarem não deixará , por isso, lugar a dúvidas ou meios-caminhos.
A campanha da lista A, de Júlio Mendes, foi claramente marcada pelo tema SAD, mais até do que seria recomendável. Foi uma campanha assente na discussão de ideias, na apresentação de um projecto de futuro, com muitas sessões de esclarecimento por todo conselho.
Foi uma campanha sobretudo centrada nas suas propostas, na convicção de um caminho, numa luta por modernizar o Vitória e finalmente poder trazê-lo para niveís de profissionalismo que nos permitam competir com os nossos rivais. Foi uma campanha com momentos positivos, como o do anúncio da solução para o problema salarial, mas também com algumas indefinições, com o modelo de SAD a ser o que causava maiores dúvidas.
Júlio Mendes pareceu-me alguém á procura do melhor registo. A pele de candidato não terá sido fácil de "vestir", tendo por isso mesmo, estado algo titubeante em algumas entrevistas.Com uma equipe que parece dar garantias, com um modelo definido, a lista A passou sempre uma imagem de coesão que é salutar e de elogiar.
A campanha da lista B encontrou-se desde o inicio uma contradição insanável; quiseram apresentar-se como a lista da mudança, mas ao mesmo tempo defendiam a manutenção do estilo de gestão que levou o vitória ao quase descalabro. Querer passar uma mensagem de profissionalismo ao mesmo tempo que defendiam dirigentes em part-time foi erro do qual a lista B não se soube soltar. Foi uma campanha claramente ao ataque, onde a defesa do projecto assumiu um lugar secundário em relação aos ataques ao projecto da outra lista. Passaram sempre mais uma imagem de estarem mais pendentes da outra lista do que propriamente deles mesmos. Mais reacção do que propriamente acção.
A defesa de um modelo assente em avais pessoais, no corte da despesa sem atração de investimento externo, é a repetição do que nos mandatos de Vitor Magalhães e Emilio Macedo conduziu o Vitória a uma situação de pré-falência. Para não falar da mediocridade competitiva.
Mas onde Pinto Brasil e a lista B perdem esta batalha é no campo do nível e da educação. Já não falo da recusa em debater projectos, revelando um medo incompreesivel do debate democrático, ou da maneira como inundaram a blogosfera de "jagunços informáticos" sem outra função que não fosse a de insultar e desconversar impedindo um debate são e construtivo. Não falo, também, das constantes e inaceitáveis ofensas pessoais a membros da Lista A. Falo da lamentável e inqualificável atitude de trazerem para o campo de batalha os jogadores do Vitória, profissionais que tem aguentado situações de atraso salarial inaceitáveis, e que se viram atingidos na sua honra e dignidade com ataques infames e mentirosos.
Os ataques a Pedro Mendes, um símbolo da formação Vitoriana e profissional que sempre demonstrou a sua paixão vitoriana, ataques para os quais o visado responderá na justiça e para os quais o plantel respondeu com o seu repudio unânime, colocaram a nu o desespero da lista B e, sobretudo, a falta de credibilidade de Pinto Brasil que não hesita em usar a mentira como arma eleitoral.
Perante tudo isto a decisão dos sócios terá de ser clara. O vitória assim o exige. E mais do que isso, aquela que for a decisão da maioria deve ser respeitada por todos. A bem da estabilidade do clube.
Tenho Dito
VIVA O VITÓRIA SPORT CLUBE
PS. sendo este um blogue pessoal, apenas reflecte a minha opinião. O que aqui é dito apenas eu respondo por isso. Assim sendo aqui fica a minha declaração de intenções.
No inicio da campanha via-me inclinado para um voto em branco, mesmo tendo familiares e amigos numa das listas. Hoje, e por tudo exposto acima, o meu voto seguro e convicto será na lista A. É o único voto que assegura o futuro do Vitória.
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