terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Presidênciais


Já praticamente tudo foi dito e analisado sobre as presidênciais, pelo que não me vou estender muito.

Primeiro deixar aqui nota da minha satisfação pela clara vitória de Cavaco Silva. Era claramente o candidato melhor prepararado, aquele que maior segurança traz ao país, o que melhor pode fazer frente aos tempos difíceis que se apresentam. Cavaco ganhou em todos os distritos e apenas ficaram por ganhar 16 concelhos. Não há como contestar a clareza desta vitória, assim como a legitimidade que dela advém. Agora fica a curiosidade para averiguar como será a "magistratura activa" que Cavaco já anunciou.

Os derrotados da noite são Manuel Alegre e Defensor Moura. O primeiro com um discurso antiquado, ultrapassado, uma campanha muito fraca e sem conseguir romper as amarras que a coligação contra-natura entre PS e BE lhe impunham. Um resultado na casa dos 20% é muito fraco, ainda para mais se tivermos em conta que ganhou em tantos concelhos como... José Manuel Coelho. Defensor teve a resposta que a sua campanha vil merecia, uma fortíssima penalização nas urnas. Dispensava-se o mau perder com que recebeu os resultados, mas não é nada que surpreenda.

Nota positiva para Fernando Nobre e José Manuel Coelho. Nobre teve um resultado muito meritório, condizente com o final de campanha em crescendo que teve. E fica marcado um espaço de cidadania pertencente aos Portugueses que não se revêem nos partidos. Evitava-se era o cantar de uma vitória que não existiu. José Manuel Coelho foi a surpresa da noite. Foi claramente o portador do voto de protesto, o que não deixa de ser preocupante, tendo em vista que a sua campanha foi uma sátira constante. E os seus fantásticos 39% na Madeira deixam muito que pensar a João Jardim e lançam-no como a verdadeira face da oposição regional (rumo á AR?). De Francisco Lopes apenas dizer que cumpriu o seu papel (isso é bom ou mau?).

Ultimas notas para a abstenção e para os partidos. A abstenção é muito elevada e deixa muito em que pensar. Mas foram umas eleições especiais, pouco disputadas, o que atenua a gravidade da situação. Agora, o que se passou com os cartões de cidadão é inadmissível e deve ter consequências! Em democracia o direito ao voto é um direito supremo.

Quanto aos partidos revejo-me na posição de Pedro Passos Coelho. Esta resultado foi um grande golpe no PS, mas devemos separar as coisas. Eleições legislativas são uma coisa diferente, e nessa altura os partidos terão de se fazer valer a si mesmo. E aí acredito que o PSD está em excelente posição.

Tenho Dito

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