sábado, 12 de fevereiro de 2011

SUPER BOWL XLV


Sou um admirador da forma como os americanos encaram o desporto. Para eles o desporto é acima de tudo um espéctaculo, onde a satisfação do espectador está acima de tudo. E isso reflecte-se no conforto que lhes é proporcionado nos recintos, na qualidade dos espectáculos, no entretenimento nos tempos mortos, na alimentação, na qualidade da cobertura jornalistica, nas belíssimas transmissões televisivas, na forma como estão estruturados os campeonatos com formatos que conduzem a finais cheias de incerteza e emoção.

A minha preferência no que diz respeito a ligas americanas vai claramente para a NBA, que sigo atentamente á já vários anos. Mas, aos poucos, fui começando a seguir a NFL, liga de futebol americano, jogo complexo cuja a popularidade vai lentamente crescendo em Portugal.

È um desporto tacticamente muito interessante, com bastantes regras, mas que uma vez assimiladas, são de fácil compreensão. E com regras de arbitragem que nos fazem compreender que em certos aspectos o nosso futebol ainda está na idade da pedra.E não esqueçamos o facto de a maioria dos jogos serem extremamente emocionantes, sendo decididos nas ultimas jogadas. È claramente um jogo vocacionado para o espectáculo.

No ultimo Domingo sentei-me em frente da TV para assistir ao Super bowl, a final da Liga, maior espectáculo desportivo do ano, a maior audiencia televisiva de todos os anos nos EUA. Frente a frente estavam os Green Bay Packers, do QB Aaron Rodgers, e os Pittsburgh Steelers, com o QB Ben Roethlisberger.

Foi um espectáculo no verdadeiro sentido da palavra. Desde o hino cantado por Cristina Aguilera ou "America the beautiful" cantado por Leah Michelle, um estádio (dos dallas cowboys) do que de melhor há a nível mundial, até um espectaculo fabuloso, durante o intervalo, por parte dos Black Eyed Peas, tudo foi feito para causar um impacto a nivel planetário.

Não esqueçamos o jogo, em que os Packers venceram os Steelers por 31-25, com a emoção a durar até á ultima jogada em que tudo se podia passar, e tivemos uma noite de desporto sensacional. Eu pelo menos diverti-me.

E que bom seria que essa visão do desporto como espéctaculo, onde o espectador é o principal, fosse seguida por cá. Mas aqui tudo é mais importante do que o espéctatulo ou o espéctador. E daí a pobreza que vamos tendo semana após semana nos nossos estádios e televisões, onde se discutem mais federação e os inuteis que mandam nas associações ou o treino de aves para os intervalos do Benfica.

O modelo do sucesso não necessita de ser descoberto, está inventado, haja ao menos inteligencia para o copiar.

Tenho Dito

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