A historia conta-se rapidamente; o deputado socialista Victor Baptista denunciou em carta aos seus companheiros de bancada que lhe tinha sido oferecido, pelo chefe de gabinete de José Sócrates, André Figueiredo, um lugar bem pago (15000 €). na administraçao da CP ou da REFER. Em troca ele tinha de desistir da sua candidatura a federação de Coimbra do PS.
Normalmente, muitos poderiam atribuir esta denuncia a qualquer mau perder, ou então, esperar-se pela defesa daqueles que foram vitima de tal acusação. Mas o nível de descrédito de José Sócrates e seus apaniguados e tal que já a grande maioria da opinião publica não hesita em tomar esta denuncia como verdadeira.
Mas esta caso deixa bem claro algumas coisas:
Em primeiro lugar a total degradação e ambiente de fim de ciclo deste governo socialista. Não duvidem que se o governo estivesse em período positivo, economicamente e de popularidade, provavelmente este caso nunca se saberia. Mas o PS já vive em período de contagem de espingardas para a sucessão a Sócrates.
Em segundo lugar a total degradação moral do Partido Socialista como um dos grandes partidos do nosso sistema. Nem perante uma crise devastadora, da qual são os principais responsáveis, deixam de utilizar o aparelho de Estado, a seu bel-prazer, como se fosse propriedade sua para com isso organizarem os seus poderes internos.
Em terceiro lugar a total falta de qualidade politica e ética dos Deputados Socialistas (todos), dos quais só se ouviu algumas piadas quanto ao mau português da carta. Eu diria para terem vergonha, mas com este PS era perder o meu latim.
Em ultimo lugar, a minha esperança de que tudo seja investigado pelas autoridades competentes, pois podemos estar perante um caso, alegadamente, de trafico de influencias. O que como toda a gente sabe e crime.
E aqui fica mais um exemplo claro daquilo que a historia politica do nosso pais vem demonstrando;
O PSD serve o Estado, mesmo quando e contrario aos seus interesses. O PS serve-se do Estado, mesmo quando e contrario aos interesses do Estado.
Tenho Dito.
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