sábado, 18 de dezembro de 2010

Presidenciais: 3º mini-debate


E chegou a vez de Cavaco Silva entrar em acção. Do outro lado estava Fernando Nobre. Foi um debate muito civilizado, marcado pelo respeito mutuo, que se sentiu ser genuíno. Foi também um debate marcado pela questão orçamental, e não houve tempo para muito mais.

Cavaco fez uma defesa clara da sua concepção do que deve ser o desempenho de funções de um Presidente da Republica. Alguém que deve gerir os seus timings com enorme precisão, um gerador de consensos, um facilitador de soluções, um dinamizador dos Portugueses. E disso não se desvia um milímetro. Deixou ainda claro a importância da existência do orçamento, embora tenha feito questão de dizer que ainda não o analisou ou promulgou.

Nobre deixou-se levar para um tipo de discussão que não o favorece. Cavaco conhece melhor a situação económica, e sabe melhor que ninguém até onde vão os poderes do Presidente. Deixou claro que defende a existência de um orçamento, mas não este, tentou tocar na tecla de que Cavaco falhou o timing das intervenções e não foi incisivo no desempenho do cargo, mas nunca dando grandes exemplos disso. De resto focou, uma vez mais, a sua história de intervenção em cenários de guerra ou de catástrofes. Mas pecou pela sua falta de experiência nestes debates, ainda para mais tendo pela frente um gigante como Cavaco.

Um bom mini-debate (mais um), que só peca pela sua duração.

Tenho Dito

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