sábado, 30 de outubro de 2010

Midterms !



Realizam-se esta semana as eleiçoes intercalares nos Estados Unidos. Estão em jogo 37 dos 50 lugares de governador, 435 no congresso e um terço dos lugares no Senado. E para Barack Obama um teste da maior importância.

Obama chegou a presidência com uns níveis de expectativa absolutamente sensacionais. E nesta primeira fase do seu mandato cumpriu algumas da coisas a que se tinha proposto, tais como a retirada do Iraque ou a absolutamente histórica reforma da saúde que possibilitou o acesso de 30 milhões de pessoas a serviços de saúde. Mas tem sido um mandato marcado pela crise económica. As medidas tomadas pela Casa Branca permitiram estancar a crise, mas a retoma tarda a fazer-se sentir e essa tem sido a principal arma de arremesso dos opositores de Obama.


E agora, tendo em conta as sondagens, o Partido Democrata prepara-se para perder o congresso e ver diminuída a sua vantagem no Senado, o que poderá levar a alguns bloqueios que condicionarão o que resta do mandato de Obama e por em risco a sua reeleição.


Mas do lado contrario, o do Partido Republicano, nem tudo são rosas. Assistiu-se nos últimos anos ao surgir de uma ala dentro do partido mais conservadora e radical, o "Tea Party". Os partidários do Tea Party defendem uma redução do estado ao seu aspecto mais minimalista, com a sua retirada total de áreas como a saúde e a educação. São contra o aborto em qualquer cicurstancia, defendem a expulsão dos emigrantes ilegais, o livre acesso as armas e o fim de qualquer restrição a apoios particulares as campanhas. São uma ala populista, maioritariamente de raça branca e muito religiosos. E, pior de tudo, preparam-se para eleger vários congressistas, 12 senadores e empurrar o Partido Republicano para um perigoso radicalismo de direita. E não esqueçamos que Sarah Pallin, potencial candidata a nomeação Republicana para as próximas residenciais faz parte desta grupo.


Os Estados Unidos estão perante uma escolha decisiva; o continuar o percurso progressista de Obama ou seguir um ultra-conservadorismo que faz parecer ate George W Bush um reformista.


Tudo dependera da capacidade politica de Obama e de como passar a mensagem.


Tenho Dito

2 comentários:

luis cirilo disse...

ESpero que a passe bem. Porque ter aquela que ainda é a maior potência mundial nas mãos dos trogloditas do "tea party" em nada ia contribuir para um mundo melhor.
Embora considere que o partido republicano saberá resistir a essa oda de conservadorismo e retomar um papel de algum equilibrio ideológico.

João Carvalho disse...

O Tea Party e um verdadeiro retrocesso civilizacional. Esperemos que seja um fenomeno passageiro.